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15/10/2024
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A cabo da Polícia Militar, Andressa Christine Medeiros dos Santos, de 33 anos, foi expulsa da corporação no último dia 12, sob a acusação de participar de ventos sociais e compartilhar uma rotina de treinos nas próprias redes sociais. A decisão foi publicada em boletim interno da PM, que classificou a conduta da policial como “Transgressão disciplinar de natureza grave”.

De acordo com a PM, Andressa foi vítima de um ferimento por arma de fogo no pé esquerdo no dia 27 de julho de 2018, considerado um “ato de serviço”. Desde então ele foi retirada nas atividades laborais com o intuito de recuperar-se da lesão. No entanto, segundo consta em documento interno da corporação, no dia 30 de agosto a cabo postou um vídeo no qual está realizando exercícios físicos em academia.

“É oportuno citar que, nos dias 9 e 30 de dezembro de 2018, o revisionado participou dos eventos Feijoada de Coroação da Rainha e Encontro da Banda Amigos da Barra, ocasião em que aparece dançando e utilizando calçado alto”, diz o texto publicado no boletim, frisando ainda que, à época, Andressa “encontrava-se de Licença para Tratamento de Saúde pela clínica de ortopedia da Corporação”.

Segundo o documento, enquanto enfileirava atividades sociais e postava fotos até mesmo como musa da banda Amigos da Barra durante o carnaval, a policial enfileirou três períodos de afastamento de um mês cada.

Andressa retornou às atividades em janeiro de 2019, porém, na categoria “apto B”, com restrições para exercícios físicos e longa permanência em pé. Na mesma época ela participou de eventos e por imagens postadas em redes sociais, a PM constatou que ela estava “sem lesões aparentes”, “dançando com calçado de salto alto” e exercendo “o cargo de musa de uma banda”.

Para a PM, ao agir desse modo, ela demonstrou “má-fé e deslealdade à administração militar estadual”. No boletim também consta um episódio anterior, ocorrido antes do tiro no pé. Em maio de 2016, Andressa chegou a ser considerada “incapaz definitivamente para o serviço policial militar”, por conta de uma “moléstia incurável” não especificada no texto.

Um mês depois, ela voltou a ser considerada “apto categoria A”, quando não há qualquer restrição para o serviço. Na ocasião, a cabo apresentou um “laudo médico civil que atestava melhora em seu quadro clínico”, diz o documento, destacando que a agente “passou de incapaz definitivamente para apto categoria A em apenas 30 dias”.

Por nota, a Polícia Militar informou que a “ex-policial foi licenciada a ex ofício” por não apresentar “conduta de acordo com as premissas da administração militar estadual, estando de licença médica em repetidos períodos, porém mantendo uma rotina de eventos sociais e exercícios físicos não condizentes com o quadro de saúde informado”. Andressa havia ingressado na corporação há mais de uma década, em 2010, aos 21 anos.

Rede social

No perfil, onde prevalecem fotos de Andressa em eventos sociais, na praia, na piscina ou na academia, ela se apresenta como bailarina e atleta. O único registro vestindo uma farda da corporação é de 7 de abril de 2020: “Eu não me limito a ser o resultado de tudo o que quis e conquistei, boa parte de mim é soma do que perdi”, filosofou ela na ocasião.

A postagem mais recente é do último domingo, dia 13 de março, data em que ela completou 33 anos, um dia depois de a expulsão da PM ser oficializada. Nela Andressa demonstrou pouco incômodo com a decisão da véspera: “A liberdade de poder aos 33 ser quem eu sou”, escreveu. E continuou: “Isso não tem preço, contracheque nenhum paga”. A ex-cabo também mandou um recado aos críticos: “Aos meus perseguidores, printem, printem mais”!

Redação 2

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