fbpx
08/12/2024
  • 08:38 Queda de energia afetará quatro bairros em Manaus neste sábado (7); descubra onde
  • 08:35 Manaus recebe reconhecimento ouro no Selo Nacional de Compromisso com a Alfabetização
  • 08:32 Instituições públicas serão premiadas pelo TCE-AM por excelência em transparência
  • 08:30 Toffoli responsabiliza redes sociais por conteúdos ilegais publicados por usuários
  • 12:26 Paulo Onça, cantor amazonense, sofre agressão violenta por proprietário do Lanche do Bacana em Manaus
Foto: divulgação

Brasil – O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) emitiu um alerta devastador para os consumidores: 14 marcas de café torrado foram desclassificadas por conter impurezas e matérias estranhas, violando a Portaria nº 570. Entre essas, o Café do Norte se destacou negativamente, com três lotes identificados como impróprios para consumo. Este é um golpe brutal para uma empresa já envolvida em tantas polêmicas.

Produtos Contaminados

Os lotes 01, 02 e 11 do Café do Norte, comercializados em Manaus, foram reprovados por conter materiais como cascas, paus, areias e outras impurezas. Esses contaminantes foram identificados durante a Operação Valoriza, uma iniciativa do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária, realizada entre 18 e 28 de março de 2024. A operação coletou 168 amostras de café, resultando na reprovação de 14 marcas em oito estados, incluindo Amazonas, Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso.

O Mapa determinou o recolhimento imediato dos produtos das prateleiras e orientou os consumidores a interromperem o consumo desses lotes, solicitando substituição conforme o Código de Defesa do Consumidor. A gravidade da situação foi sublinhada pela possibilidade de risco à saúde pública, adulteração e fraude, conforme previsto no artigo 29-A do Decreto 6.268/2007.

Histórico Criminoso

A imagem do Café do Norte já estava em frangalhos antes mesmo deste escândalo. O empresário Jhefferson Kennedy da Silva Mores, filho do dono do Café do Norte, Cícero Brasiliano, foi condenado a 11 anos e três meses de reclusão pelo assassinato do técnico de som, Mário Jorge Alves Amâncio, em 2007.

Confira: 

O julgamento ocorreu no Tribunal do Júri, com Jhefferson sendo acusado de matar Mário Jorge durante uma briga na Feira da Expoagro, no bairro Santa Etelvina, Zona Norte de Manaus.

Mesmo condenado, Jhefferson aguardou o julgamento em liberdade devido a uma série de recursos e decisões judiciais controversas, incluindo a revogação de sua prisão preventiva e alvarás de soltura expedidos por juízes plantonistas. As ações legais contra ele incluíram acusações de ameaças a testemunhas, mas, surpreendentemente, ele nunca passou um dia na cadeia.

A Reputação Manchada

A combinação de produtos contaminados e um histórico criminal mancha irremediavelmente a reputação do Café do Norte. As recentes revelações de impurezas no café não só levantam questões sobre os padrões de produção e fiscalização da empresa, mas também alimentam uma percepção pública de desonestidade e falta de ética empresarial.

As autoridades estão atentas e os consumidores devem permanecer vigilantes. O Ministério da Agricultura solicitou que qualquer comercialização desses lotes seja imediatamente reportada através do canal oficial Fala.BR, reforçando a necessidade de uma resposta pública rigorosa para proteger a saúde dos consumidores.

Enquanto o Café do Norte tenta se recuperar desse escândalo, a confiança do público na marca está seriamente comprometida. A combinação de práticas de produção duvidosas e um passado criminal coloca a empresa em uma posição precária, onde a transparência e a responsabilidade se tornam imperativas para qualquer tentativa de reconstruir sua reputação, que inclusive, não é das melhores na opinião do povo.

Redação 2

RELATED ARTICLES