01/05/2024
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São Paulo – A pandemia impulsionou o mercado pet brasileiro, que mostrou um dos maiores crescimentos do país nos últimos dois anos. Entre os segmentos do setor, um dos que se destacou foi o de creches para cachorros, com uma alta de 200% desde maio de 2021.

Um dos fatores que corrobora o dado são os diversos vídeos de donos de pet sobre esses lugares nas redes sociais, a maioria em São Paulo.

De acordo com o Instituto Pet Brasil (IPB), o varejo do setor, onde se enquadram as creches, apresentou um crescimento de 22% em 2021 quando comparado ao ano anterior e um faturamento em torno de R$ 49,9 bilhões.

Em entrevista ao Metrópoles, Cleber Santos, dono da empresa Comportpet e da primeira “universidade” para empreendedores do mercado, ambas sediadas em São Paulo, fala sobre esse boom.

“As creches existem desde 2012 no Brasil. De lá para cá, o nicho cresceu de forma tímida. Mas, durante a pandemia, quando as pessoas não podiam sair de casa e os cachorros estavam com energia acumulada e destruindo as casas, elas começaram a ganhar volume”, explica. “De maio a dezembro de 2021, por exemplo, inauguramos 136 creches, um número absurdamente grande. Costumávamos lançar quatro, no máximo seis, no semestre.”

Segundo levantamento realizado pela companhia, na cidade de São Paulo, hoje, existem mais de 200 creches para cães. E o setor está expandindo rapidamente: “O Rio de Janeiro apresenta um crescimento muito alto. Manaus e Tocantins também. Esperamos que a alta para 2022 seja de 30 a 50%”, calcula Cleber.

Musicoterapia

Musicoterapia faz parte da rotina da crecheDivulgação/ComportPet

Chicó e sua rotina

Da raça border collie, Chicó frequenta uma creche na capital paulista há cerca de seis meses. O motivo para sua dona, Barbara Benassi, de 28 anos, ter adotado a nova rotina foi a energia acumulada do cachorro. “Com o home office, eu não possuía condições de proporcionar um gasto de energia da forma que ele precisava. Somente aos fins de semana, não era suficiente”, conta ao Metrópoles.

Dessa forma, Chicó passou a frequentar um espaço de pequeno porte no bairro Lapa, na zona oeste de São Paulo, duas vezes por semana, em meio período, de 12h às 18h. Com a adaptação, aumentou a quantidade de vezes semanais e o horário que fica no local.

“Sinto ele bem mais tranquilo agora. Nos dias em que não vai à creche, fica um pouco inquieto. Ele sabe exatamente quando a van passa para buscá-lo e fica esperando o interfone tocar”, relata.

As creches para cães funcionam aos moldes de uma creche convencional, para crianças. A atividade padrão é das 7h às 19h.

Logo no começo do dia, o animal passa por uma avaliação para checar se não há machucados – caso tenha, uma notificação é feita. A partir disso, o cão que não se alimentou poderá comer. Mas, em seguida, deverá fazer uma pausa para digestão.

A primeira agenda do dia é para gasto físico, como correr e pegar bolinhas, seguida de uma atividade mental. No fim da manhã, é a hora do almoço. Para relaxar, há uma pausa para musicoterapia e cromoterapia.

Às 14h, voltam ao pátio para mais uma etapa de brincadeiras ao ar livre, e, às 15h, contam com aula de adestramento. No fim da tarde, às 17h, os animais têm mais uma atividade cognitiva, até que, perto do horário de ir embora, às 18h, é o momento da limpeza de cada um.

Para comprovar o bom comportamento de cada peludo, ao fim de cada ano, o aluno recebe um boletim. Nele, constam informações como frequência, brincadeiras, bagunça e alimentação.

Os valores das creches variam, a depender do período que o animal permanecerá no local e da quantidade de vezes que o frequentará. Segundo Cleber, os preços começam em cerca de R$ 250, mas podem chegar a R$ 2 ou 3 mil.

Divulgação/ComportPet

Redação 2

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